quarta-feira, 28 de novembro de 2007

ERAGON

Eragon
O livro retrata a história de um rapaz, Eragon, e seu dragão, Saphira. O enredo não é particularmente original ou mesmo comovente, mas é na relação entre o rapaz e o dragão que o livro triunfa, relação essa que une homem e besta num só. A escrita é leve e agradável, raramente enfastia, capaz de prender a atenção mesmo dos mais impacientes. O mundo da aventura é descrito com uma atenção e paixão notável, de facto, o próprio escritor confessa ter sido inspirado pela paisagem de Montana, onde reside actualmente com as suas irmãs e pais. Desde vales a montanhas, florestas a desertos, tudo é descrito com uma minuciosa paixão contagiante, pessoalmente, as paisagens foram do que mais gostei, através de simples letras e palavras o escritor consegue transportar-nos para um mundo novo. No mundo do jogo, existem as habituais raças fantásticas (elfos, anões, e na minha opinião, os urgals derivam dos orcs de Tolkyen), todas estas criaturas apresentam uma civilização e mentalidade distintas, outro dos trunfos no livro. A magia é acessível através de uma língua mágica, criada pelo próprio escritor. Ao recitar as palavras certas, é possível criar a magia, por exemplo, se brisingr significa fogo,e Eragon pronunciar Brisingr enquanto olha para um tronco, uma chama consome o tronco, roubando energia vital a Eragon como pagamento. Gostei bastante deste método, que foge aos esquemas tradicionais. Infelizmente, nem tudo é rosas. O livro contém defeitos que poderiam ter sido melhorados, como por exemplo: as personagens estão pouco credíveis, apresentam uma personalidade pouco definida e imprevisível, a história é algo cliché, e o protagonista não tem o carisma necessário para o seu papel. Estas falhas mancham o livro, mas não o suficiente para o tornar algo mau. Eragon é um livro muito bom, possuidor de uma magia fascinante e fantástica. Uma leitura leve e agradável que recomendo a todos.

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